8 erros comuns de fluxo de caixa e como evitá-los
Você sabe quais são os principais erros de gestão do fluxo de caixa? Confira a lista e veja como eles podem impactar o seu negócio
Manter a fluidez do controle financeiro é algo que exige atenção e o fluxo de caixa é um dos principais instrumentos para fazer isso.
Podemos dizer que o fluxo de caixa é o ponto de partida da análise financeira da sua empresa, já que é o registro e acompanhamento de todas as entradas e saídas dos recursos financeiros dentro de um determinado período de tempo.
O fluxo de caixa é composto pelos dados obtidos dos controles de contas a pagar, contas a receber, vendas, despesas, saldos de aplicações e de todos os demais elementos que representem as movimentações de recursos da empresa.
Basicamente, se há mais dinheiro entrando do que saindo, o saldo do fluxo de caixa será positivo. Mas se a empresa vem gastando mais do que ganha, o resultado é negativo.
O que é fundamental que qualquer empresário entenda é que é muito difícil um negócio sobreviver sem um bom gerenciamento do fluxo de caixa.
Parece uma coisa óbvia, mas a verdade é que muitos empreendimentos ainda pecam na sua gestão financeira, fator que só contribui para a mortalidade de empresas no país.
Não fazer um controle correto do fluxo de caixa pode ser crucial para a sua empresa, atrasando seus planos de crescimento ou até levando-a à falência.
Por isso, fique atento aos erros que você NÃO deve cometer na hora de realizar o seu fluxo de caixa.
1.Não definir uma periodicidade para realizar o controle do fluxo de caixa
É preciso determinar com que frequência será realizado o controle do fluxo de caixa.
Sem essa periodicidade determinada, as informações podem se perder ou serem contestadas, além de, às vezes, não baterem com a realidade da empresa.
Por isso, lembre-se que esse controle deve ser minucioso. Quanto mais frequentes forem os registros e o acompanhamento dos resultados, menores serão as chances de esquecer de considerar algum gasto, ou de haver algum desequilíbrio nas contas.
Uma boa dica para quem está começando é registrar com maior frequência no início e ir diminuindo a periodicidade com o tempo, a medida em que for garantindo que os registros estão sob controle.
O importante é que o controle seja preciso, detalhado e metódico de todas as operações, para que o fluxo de caixa funcione devidamente como uma ferramenta de controle.
2.Não registrar todas as movimentações
Anote todas as entradas e saídas. Cada conta paga ou qualquer movimentação feita.
Tudo precisa ser registrado, para manter um bom equilíbrio e controle do caixa.
Sabemos que a rotina de um empreendedor é puxada. Principalmente no começo, muitas vezes ele fica responsável por várias tarefas de áreas diferentes. É bater o escanteio e correr para cabecear.
Em meio à correria, muitos empresários esquecem de atualizar o fluxo de caixa ou decidem fazê-lo com uma periodicidade muito espaçada, mesmo que as movimentações ocorram diariamente.
Porém, sem conhecimento das informações com precisão, fica mais difícil administrar o dinheiro da sua empresa e fazer as melhores escolhas.
Além disso, quando o empresário resolve deixar a atualização do fluxo de caixa para depois, tem grandes chances de acabar deixando informação se perder por esquecimento.
Isso acontece principalmente com os gastos menores, mas que, ao fim do mês, têm um impacto expressivo no seu orçamento.
3.Lançar informações imprecisas
Encher o fluxo de caixa de informações imprecisas, sem detalhamento, não te ajudará a ter real controle das despesas e do seu próprio capital de giro.
Certifique-se de que todos os dados registrados sejam claros e completos o suficiente para que, quando você for consultá-los no futuro, não tenha dúvida alguma.
4.Misturar despesas empresariais e pessoais.
Vamos direto ao ponto: misturar as finanças pessoais com as empresariais é um erro. Um erro básico. Um erro grave. E, infelizmente, um erro muito mais comum do que se poderia imaginar.
Embaralhar os gastos pessoais com o caixa do negócio é uma prática corriqueira entre micro e pequenos empresários.
Isso é ainda mais recorrente em empresas de serviço, como consultórios médicos e escritórios de advocacia, por exemplo, nas quais o empresário não se vê como tal e encara o negócio como uma extensão da sua casa, apenas um local onde vai trabalhar e produzir para ganhar o seu sustento.
Muitas vezes, isso chega ao ponto do profissional não saber se sustenta a empresa ou se é a empresa que sustenta o profissional.
Este erro costuma ser cometido por falta de tempo e de conhecimento e pode se tornar um grande empecilho na gestão financeira do negócio.
Porém, meu amigo e minha amiga, se seu objetivo é fazer a sua empresa crescer ou até manter-se viva, chegou a hora de mudar.
5.Não categorizar lançamentos
Um dos erros comuns na gestão do fluxo de caixa é não categorizar suas despesas, não conhecendo, assim, os seus próprios gastos.
Para que isso não aconteça, é muito importante dividir todas as suas despesas.
Por exemplo, separar as entradas e saídas previstas, as que já foram efetivamente realizadas e, também, saber de onde elas vieram.
Além disso, é recomendável fazer a distinção de itens como impostos, pró-labore e pagamento de funcionários, pois permite controle sobre cada centavo pago e recebido.
Isso é positivo porque quando você tem conhecimento de em quais áreas os recursos estão sendo mais gastos, pode-se traçar estratégias para diminuir despesas desnecessárias.
Da mesma forma que, ao categorizar as receitas, é possível detectar onde estão as maiores rentabilidades e direcionar novos investimentos a essas áreas.
Outra dica é evitar o uso de categorização genérica, como “outras entradas” ou “saídas diversas”.
6.Considerar receitas que ainda não entraram
É importante fazer um planejamento financeiro de tal forma que os recebíveis sejam contemplados na previsão de receitas do mês efetivo de suas entradas.
No entanto, lembre-se que “previsão” é diferente de “dinheiro em caixa” e essa receita só deve ser registrada no fluxo de caixa quando realmente estiver na sua conta.
Em outras palavras, o fluxo de caixa só pode conter quantias financeiras que o seu empreendimento já obteve.
Por exemplo, imagine que você vendeu um produto em quatro parcelas. Não se deve lançar o recebimento de todas elas no primeiro mês.
Quem age assim não consegue controlar o fluxo de caixa com precisão e muito menos a inadimplência do consumidor, pois acaba contando com um dinheiro que ainda “não existe”.
Entre as possíveis consequências que podem ocorrer, estão:
- Atraso no pagamento de despesas;
- Falta de dinheiro para investir na produção;
- Não cumprimento das obrigações financeiras estipuladas nos contratos;
- Perda de credibilidade no mercado.
7.Não fazer análise do seu fluxo de caixa
Não basta manter os dados atualizados no fluxo de caixa. Para que ele seja útil e cumpra o seu papel, são necessários a análise e acompanhamento cuidadosos dos dados, o que chamamos de Gestão do Fluxo de Caixa.
Esse relatório gerencial possibilita uma visão completa e consistente da vida financeira do negócio e traz vantagens, como:
· Identificar o Diagnóstico Financeiro da empresa
· Possibilitar a tomada de decisões na hora certa, pautadas em dados confiáveis
· Planejar o futuro
· Reestruturar a gestão de cobrança
· Identificar a liquidez do caixa
· Ter real conhecimento da disponibilidade financeira
· Prever média de gastos, entradas e saídas de recursos
8.Não procurar um especialista, se não tiver tempo e conhecimento suficientes
Já deu para ver que o gerenciamento de fluxo de caixa é muito importante.
Falta tempo? Ficou complicado demais? Procurar quem te ajude nesse processo é fundamental.
Sem dúvida, esta tarefa alcança melhor desempenho se confiada a especialistas.
Um bom BPO Financeiro (terceirização do setor financeiro) pode te ajudar na implementação e aperfeiçoamento do Fluxo de Caixa (já realizado e do projetado), faturamento, contas a receber, contas a pagar, entre outras coisas.
A Portal Assessoria possui equipe pronta para assessorar as empresas nesse trabalho que requer conhecimento técnico e acompanhamento de tendências do mercado financeiro.
Esperamos que você tenha gostado deste conteúdo e que ele tenha sido útil. Comente o que achou e fique à vontade também para compartilhar esta página com quem também possa gostar dessas informações!
E se ainda tiver dúvidas sobre o assunto ou quiser saber mais sobre como a Portal Assessoria pode te ajudar a realizar uma boa gestão do fluxo de caixa, entre em contato com um de nossos consultores!
Por Daniel Soares Coutinho – Contador e Sócio da Portal Assessoria Contábil
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